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Polo Gesseiro do Araripe: produção do gesso e a reutilização de resíduos (parte 2 de 2)



Na última matéria, foi visto a importância da região do Araripe para a economia do país com a exploração da Gipsita. E mais, as aplicações do gesso na sociedade vão muito além da construção civil, onde se utiliza para paredes e revestimentos (massa fina, rebaixamento de teto, forros, etc.):

  • Medicina: Ortopedia, traumas e odontologia;

  • Agricultura: O gesso baixa a toxidez do Alumínio (elemento muito presente nos solos);

  • Indústria do Vidro: O cálcio e o enxofre presentes no gesso substituem o sulfato de sódio (NaSO4);

  • Isolamento térmico e acústico: As propriedades físicas do gesso, como alta capacidade calorífica, permitem tal utilização;

  • Indústria do cimento: Usado como retardador do tempo de pega, onde é adicionado ao clínquer em um percentual de 3 a 5% em massa.

Produção

O processo de produção do gesso consiste nas seguintes etapas: extração e preparação da matéria-prima; calcinação; pulverização; ensilagem; e acondicionamento.

De forma geral a calcinação do minério de gipsita consiste, basicamente, na desidratação térmica (entre 125°C e 180°C) do sulfato de cálcio di-hidratado (CaSO4.2H2O).

CaSO4.2H20 ======> CaSO4.1/2H2O Gipsita 125°C – 180°C Gesso

Na etapa de pulverização, o gesso produzido na calcinação passa por uma moagem fina, de forma a adquirir a granulometria adequada à sua utilização. Por fim, o gesso é colocado em silos e segue para o acondicionamento, onde são utilizadas embalagens de estanques para proteger o material da umidade

ambiente.

Abaixo, tem-se um fluxograma desse processo:


Reutilização dos resíduos

Como visto na última matéria, o polo gesseiro sofre com graves problemas de matriz energética, sendo responsável por grande parte da degradação da caatinga. Além disso, os resíduos oriundos pela construção civil e demolição representam grande parcela dos resíduos sólidos urbanos, estima-se que 4% de entulhos na construção civil são de produtos de gesso.

A resolução nº 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) alterou a classificação do gesso para Classe B, ou seja, materiais que deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados para áreas de armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura.

A principal vantagem da reutilização do gesso é o fato desse material não exigir de tratamento prévio complexo, boa parte do resíduo pode voltar diretamente para a linha de produção descrita acima.

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